Por Guilherme Reis
As comemorações do 2 de Julho, em homenagem à Independência da Bahia, refletiu em Salvador o cenário de polarização da disputa presidencial. O presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, e o ex-presidente Lula (PT) conduziram seus militantes em diferentes eventos. O primeiro organizou uma motociata com o pré-candidato ao governo do Estado João Roma (PL) entre o Farol da Barra e o Parque dos Ventos; e o segundo participou do tradicional cortejo no Centro Histórico, acompanhado pelo governador Rui Costa (PT), pelo pré-candidato ao Palácio de Ondina Jerônimo Rodrigues (PT) e demais aliados.
Aos apoiadores, Bolsonaro mais uma vez fez um discurso pautado em Deus, pátria e família e destacou a medida que limita o ICMS sobre os combustíveis. Também enalteceu o 2 de Julho. “Hoje aqui nesse 199º aniversário da expulsão dos portugueses daqui, foi um prazer muito grande me encontrar com vocês e dizer que o Nordeste tem uma parte importantíssima do nosso Brasil. Somos um só povo, uma só raça. Cada um tem o seu credo, mas mais de 90% do nosso povo acredita em Deus”, discursou.
Já Lula postou vídeos nas redes sociais ressaltando a importância da data. “Seria importante o povo brasileiro conhecer o 2 de Julho na Bahia, feito com sangue, morte de negros, pobres, padres, freiras… Não é um desfile militar, é um desfile do povo”, disse Lula. “Não teve nenhuma demonstração de confronto. É uma caminhada democrática”, acrescentou. Mais tarde no mesmo dia, o petista participou de um evento para militantes na Arena Fonte Nova.
Também presentes no cortejo, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) tiveram uma passagem mais tímida, embora ambos tenham recheado a agenda de encontros com aliados e compromissos sociais. Após o evento, o pedetista reuniu-se com pré-candidatos do partido a deputado federal e estadual e jantou com ACM Neto (União), pré-candidato ao governo da Bahia. Ontem, visitou comunidades de Salvador e foi a Alagoinhas, onde fez uma palestra para empresários, comerciantes, sindicatos e estudantes universitários sobre o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND).
Na cola de Bolsonaro, Roma fez um discurso alinhado ao presidente e não perdeu a oportunidade de alfinetar o PT. “Sabemos, sem dúvida, que precisamos reafirmar nossos valores e nossas conquistas como a liberdade, a independência e a nossa democracia. Mas dói no nosso coração ver o Brasil avançando com esse velho amarelo e o governo da Bahia remando para os lados”, discursou o ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma, que esteve também acompanhado pela pré-candidata ao Senador, Raíssa Soares (PL).
