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EMPRESÁRIO DE BRASÍLIA É PRESO EM MANSÃO EM LAURO DE FREITAS

Ele é suspeito de participar de grupo que fraudava procurações e escrituras de terrenos de alto valor imobiliário em Brasília

Um empresário foi preso em flagrante em uma mansão localizada em Lauro de Freitas, na manhã desta terça-feira (25), por policiais civis da Assessoria Executiva de Operações de Polícia Judiciária (AEXPJ), após cumprimento de mandado de busca e apreensão. A ação faz parte da Operação Looping, liderada pela Polícia Civil do Distrito Federal, e contou também com o suporte da Coordenação de Operações Especiais (COE). 

O empresário foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Com ele, foi encontrado um revólver calibre 38 sem registro. A investigação apura atividades de um grupo criminoso que fraudava procurações e escrituras de terrenos de alto valor imobiliário.

“Dando apoio à PCDF, cumprimos mandados de busca e apreensão em Lauro e em Salvador. Nos locais, recolhemos eletrônicos e documentos que irão ajudar nas investigações”, explicou o coordenador da AEXPJ, delegado Jorge Figueiredo.

O preso foi encaminhado para o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), onde segue custodiado, à disposição do Poder Judiciário.

Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a Operação Looping teve o objetivo de desarticular grupo criminoso que, entre 2019 e 2021, tentou transferir uma área rural de mais de 148 hectares, localizada no Gama, avaliada em R$9 milhões, por meio da falsificação e uso de documentos falsos junto a cartórios no Distrito Federal.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Gama, Águas Lindas/GO, Goiânia/GO (empresa e residências), Salvador/BA (empresa e em um iate) e Lauro de Freitas/BA (residência em condomínio de alto luxo). O grupo é composto por cinco integrantes: empresários, um advogado – que já foi preso em flagrante por estelionato – e um antigo tabelião do Cartório de Notas e Registro Civil de Limeira/MG, que produziu uma procuração falsa.

De acordo com a coordenação, o tabelião, destituído do cargo em 2015 em razão das inúmeras procurações e escrituras falsas, continuou a produzir documentos ideologicamente falsificados. Os investigados invadiram a área, falsificaram um documento da Terracap, que informava que era terra é pública, e fizeram um contrato de mútuo de R$ 400 mil com uma financeira, dando como garantia parte do terreno.

Os envolvidos irão responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão. Do Correio 24Horas.