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ENILDA MENDONÇA CHAMA A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE OMISSA

Enilda Mendonça. Foto: O Tabuleiro.
Enilda Mendonça. Foto: O Tabuleiro.
A greve dos servidores municipais de Ilhéus ultrapassa os dois meses. Da pauta de reivindicações, quase tudo foi deixado de lado. Nada de reajustes ou coisa parecida, os trabalhadores pedem apenas a reposição do índice de inflação, cerca de 6%, e ainda aceitam parcelar. O prefeito Jabes Ribeiro, no entanto, dá de ombros.
Indiferença também é notada da secretária de educação, Marlúcia Rocha. Em entrevista ao radialista Gil Gomes, na manhã desta terça-feira (17), a sindicalista Enilda Mendonça, presidente do sindicato dos professores, afirmou que nunca viu uma titular tão omissa.
Segundo Enilda, Marlúcia nunca se dispôs a mediar o diálogo entre professores e o governo. E foi além, afirmou que a secretária perdeu a chance de deixar seu nome na história como um agente ativo no processo.
Na entrevista, a sindicalista rebateu também release da prefeitura que acusava o sindicato dos professores de enviar lista dos trabalhadores que vão atuar durante a greve com nome até de falecidos.
Segundo Enilda, erros podem acontecer, se tratando de uma categoria tão extensa como a dos docentes.
REUNIÃO COM O BISPO
Sindicalistas reunidos com o bispo. Foto: Fábio Bomfim/Ilhéus 24h.
Sindicalistas reunidos com o bispo. Foto: Fábio Bomfim/Ilhéus 24h.
Em busca de luz ao fim do túnel, os sindicatos grevistas se reuniram, na tarde de ontem (segunda, 16), com o bispo de Ilhéus, Dom Mauro Montagnoli, para pedir ajuda nas conversas com o governo. Foram apresentados ao líder católico documentos, relatórios e pareceres do Tribunal de Constas dos Municípios e da Ordem dos Advogados do Brasil, que provam a necessidade da reposição do índice de inflação assegurado pela Constituição Federal e garantida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os trabalhadores explicaram que já fizeram o possível para acabar com a paralisação, abrindo mão do reajuste e aceitando negociar posteriormente a reposição dos meses retroativos, mas o governo municipal se recusa a cumprir a lei. 
Dom Mauro Montagnolli garantiu que atenderá ao pedido dos trabalhadores e como igreja fará a sua parte para mediar as negociações. A posição do religioso já estava clara há uma semana, quando emitiu nota pedindo a sensibilização do prefeito Jabes Ribeiro.