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EROSÃO COSTEIRA AMEAÇA FAIXA LITORÂNEA BRASILEIRA E ILHÉUS NÃO FICA IMUNE

Foto: Danilo Matos / Site Ilhéus 24h

A costa brasileira, com seus mais de sete mil quilômetros de praias, enfrenta uma crescente ameaça de erosão costeira, exacerbada pela urbanização e mudanças climáticas. Um estudo recente da rede de pesquisadores MapBiomas revela que, nos últimos 30 anos, 15% das praias do Brasil foram engolidas pelo mar, um total equivalente a três mil estádios do Maracanã. A principal causa dessa erosão é a especulação imobiliária e a infraestrutura urbana à beira-mar, responsável por 68 mil dos 70 mil hectares de área perdida.

Em Ilhéus, os efeitos da erosão costeira são claramente visíveis e preocupantes. O site Ilhéus 24h tem acompanhado de perto esses impactos, destacando a urgência de ações para mitigar os danos.

No dia 6 de outubro de 2021, o Ilhéus 24h reportou sobre o assoreamento da Baía do Pontal, agravado pela construção da nova ponte que liga o centro da cidade à zona sul (relembre aqui). O acúmulo de areia dificultou a navegação de barcos no Terminal Pesqueiro, afetando a comunidade de pescadores locais. A Bahia Pesca tem buscado soluções, como a dragagem da área, para aliviar o problema.

Na época, o geógrafo Cezar Augusto Teixeira Falcão Filho, em entrevista ao site, explicou que o Porto do Malhado, construído na década de 70, é um dos principais responsáveis pelo assoreamento da Baía do Pontal. O espigão do porto retém sedimentos, aumentando a faixa de areia e diminuindo a profundidade das águas. A nova ponte intensificou este processo ao aumentar a velocidade da maré, elevando o transporte de sedimentos.

Outra questão de grande relevância é a verticalização na zona sul de Ilhéus. Em matéria de 17 de outubro de 2021, o Ilhéus 24h destacou que os arranha-céus lançam sombras sobre a praia, reduzindo o tempo de exposição ao sol (relembre aqui). Este fenômeno pode se agravar se medidas regulatórias não forem implementadas para controlar o crescimento urbano na região.

Residentes da zona sul de Ilhéus têm sentido diretamente os impactos da urbanização acelerada. Na época, Alejandra Kandus, professora da UESC, apontou problemas como quedas de energia e falta de infraestrutura escolar e sanitária. Júlia Oliveira, moradora do loteamento Pérola do Mar, destacou a ausência de estudos sobre os impactos das novas construções.

A legislação municipal sobre uso e ocupação do solo está desatualizada, permitindo construções de qualquer altura na faixa litorânea. No dia 18 de outubro de 2023, o Ilhéus 24h relatou a erosão das praias de São Miguel. A erosão afeta não apenas a paisagem, mas também a infraestrutura e a segurança das comunidades costeiras (relembre aqui).

No geral, o Ilhéus 24h tem se dedicado a acompanhar e relatar essas questões, buscando sensibilizar a população e as autoridades sobre a importância de ações coordenadas para proteger as praias de Ilhéus e garantir um desenvolvimento sustentável. A erosão costeira é um problema nacional, mas suas consequências locais demandam respostas imediatas e eficazes. O comprometimento com o meio ambiente e a qualidade de vida dos ilheenses é um objetivo constante de nossa cobertura jornalística.

É crucial que a comunidade de Ilhéus se una em torno desse objetivo, exigindo políticas públicas que conciliem o crescimento econômico com a preservação ambiental, assegurando que as futuras gerações possam desfrutar das belezas naturais da região.