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FICC RETOMA ATIVIDADES APÓS APURAÇÃO DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO NO CARNAVAL DE ITABUNA

Logo após a ação do Ministério Público na sede da FICC (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania), ocorrida na quarta-feira passada (7), a entidade suspendeu suas atividades retornando seu expediente na manhã desta quinta-feira, dia 15. A idéia, segundo o presidente da entidade, Daniel Leão é encaminhar uma petição ao juiz Eros Cavalcanti, solicitando o estabelecimento de um prazo para a devolução dos computadores confiscados visando a não interrupção do calendário de eventos culturais da FICC em 2018.

 Nesse momento está sendo priorizado o PACAIS (Programa de Arte e Cultura em Áreas de Interesse Social), que só no ano passado abrangeu um universo  de mais de quatro mil alunos (4.460) entre crianças, adolescentes e adultos. Um programa que oportuniza a difusão da cultura através de oficinas de iniciação artística cujas inscrições estão previstas para o início de março.  Também está na pauta, o espetáculo Paixão de Cristo que acontece todos os anos na Sexta-Feira Santa e já está marcado para o dia 30 de março. Segundo o diretor de Turismo, Ari Rodrigues os ensaios já estão bem adiantados e faltam apenas 40 dias para a exibição do espetáculo que em 2017 envolveu mais de 150 integrantes e levou ao Estádio Luiz Viana Filho um público estimado em mais de 6 mil pessoas. 

LETRAS QUE VOAM

Outros projetos inseridos no calendário de eventos de 2018 também estão sendo avaliados sendo que a sua realização depende de dados que se encontram arquivados nos computadores apreendidos semana passada. O projeto Letras que Voam coordenado pela Profa. Genny Xavier que tem como objetivo incentivar a leitura com atividades em escolas municipais, instituições sociais, praças públicas e bibliotecas que totalizaram 24 apresentações e um atendimento a mais de 4 mil pessoas.  No Esporte, as atividades recomeçam com o Projeto Aquático com a abertura de inscrições para aulas gratuitas de Natação e Hidroginástica na Vila Olímpica.

Todos esses programas previstos para serem realizados no inicio desse ano correm riscos de sofrerem um atraso considerável ou poderão ser inviabilizados segundo ressalta, o presidente da FICC, Daniel Leão.  Ele esteve reunido com funcionários e assessores diretos da instituição nesta quinta-feira pedindo a colaboração de todos e acatando sugestões para que as atividades funcionais não sejam paralisadas, bem como visando não prejudicar pessoas que estão inseridas em programas sócio-culturais e esportivos da entidade.

Leão reconhece a legitimidade da ação do Ministério Público, mas volta a lembrar que “aqui se trabalha com lisura obedecendo aos princípios morais e éticos que norteiam a administração pública” . Também assinala que sempre houve transparência e austeridade no uso de recursos públicos e que em nenhum momento se furtará de abrir as portas e mostrar à opinião pública o trabalho que se faz na FICC. “Nada temos a esconder e volto a repetir: aqui não tem malandragem”, finaliza.