O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou durante pronunciamentona TV NBR, garantindo a continuidade das obras das ferrovias no Brasil e destacou o interesse do governo federal em dar celeridade ao projeto.
“Há mais de 50 anos a região aguarda por este acontecimento. Com a retomada e conclusão da ferrovia, construção do Porto Sul, implantação da Zona de Processamento e Exportação (ZPE) e os novos investimentos, a expectativa é de que a arrecadação anual Ilhéus aumente exponencialmente”, sublinhou.
O ministro Tarcísio Freitas ressaltou a necessidade de resolver a questão das concessões anteriores, garantindo um ambiente de segurança jurídica para esses contratos. “A licitação da FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), uma das principais obras de infraestrutura da Bahia, está estruturada, e em 2020 faremos a concessão”.
De acordo com o anúncio, a concessão será feita junto com mais duas ferrovias importantes para o Brasil. Além da FIOL, está assegurada a concessão da EF-170, ferrovia chamada de Ferrogrão, projetada para ligar os estados de Mato Grosso e Pará, na margem direita do Rio Tapajós, com potencial transformador para o agronegócio para a região.
Solução definitiva – No início de janeiro, o governo anunciou a extinção da Valec, que é uma empresa que administrava o trecho da FIOL já construído. Na oportunidade, Freitas informou que o Executivo fará a prorrogação antecipada dos contratos de concessão.
“Vamos resolver, da melhor forma possível, o passivo dos contratos que já não são mais exequíveis, seja por meio de revisões quinquenais ou por outra medida legislativa. Esses são os dois caminhos que visualizamos para a solução definitiva”, declarou.
Ainda segundo as declarações do ministro, com essas ações a participação do modo ferroviário na matriz de transporte deverá dobrar até 2025, saindo dos atuais 15% para 30% em oito anos. Com as obras iniciadas no começo desta década, o trecho da ferrovia tem cerca de 537 quilômetros, com 72% de avanço físico nas obras. Além das cargas da região de Barreiras, poderiam ser captadas, por meio de transporte rodoviário, cargas de cidades do norte de Minas Gerais.