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IRMÃOS PRODÍGIOS: ILHEENSES DE 9 E 7 ANOS SÃO MEMBROS DE CLUBE INTERNACIONAL DE GÊNIOS

Pedro Antônio, 9 anos, e Maria Rita, 7 anos, residentes em Ilhéus, despertam admiração não apenas pela tenra idade, mas pelo impressionante intelecto que possuem. Com um raciocínio avançado, memória privilegiada e amplo vocabulário, os irmãos são membros da MENSA, uma sociedade internacional com sede na Inglaterra, reconhecida por reunir os indivíduos mais inteligentes do mundo.

De acordo com o censo escolar de 2022, estima-se que existam cerca de 27 mil estudantes superdotados matriculados nas escolas brasileiras. Contudo, o Brasil ainda carece de estruturas adequadas para o acolhimento e inclusão dessas crianças e adolescentes, conforme afirmam especialistas no assunto.

Alysson e Mayanna, pais de Pedro Antônio e Maria Rita, relatam que desde muito pequenos os filhos demonstraram uma maturidade incomum, interessando-se por questões que geralmente escapam ao universo infantil. Pedro Antônio é apaixonado por línguas, história e filosofia, enquanto Maria Rita se destaca em cálculos matemáticos, embora busque camuflar sua superdotação para ser aceita pelas crianças de sua idade.

A falta de compreensão sobre o tema da superdotação contribui para a perpetuação de mitos e desinformação, gerando desafios adicionais para pais e crianças que lidam com essa condição. Segundo Cristina Delou, psicóloga e presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD), as habilidades superiores das crianças superdotadas são evidentes desde cedo.

Apesar de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que incluiu o conceito de superdotação apenas em 2013, estabelecer a obrigação das instituições de ensino em fornecer recursos educativos específicos para atender às necessidades desses alunos, incluindo a possibilidade de aceleração de série para conclusão do programa escolar em menor tempo, ainda há um longo caminho a percorrer para sua efetiva implementação.

Diante desse cenário, é crucial que a sociedade e as instituições educacionais trabalhem em conjunto para garantir que todas as crianças, independentemente de suas habilidades excepcionais, tenham acesso a uma educação de qualidade e sejam devidamente acolhidas e estimuladas em seu desenvolvimento.