A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Ilhéus, na próxima terça (19), deverá mostrar qual é o tamanho, ainda hoje, da força política do ex-prefeito Jabes Ribeiro.
O legislativo vai julgar o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios, referente ao último ano da sua gestão, aprovado com ressalvas pelos conselheiros do TCM. Os conselheiros alegaram falta de prestação de contas em algumas movimentações financeiras da administração. Multaram Jabes por isso.
Sem mandato e com uma Câmara de maioria absoluta ligada ao atual prefeito Mário Alexandre, seu adversário, Jabes vai precisar de sete votos favoráveis para não ter as contas rejeitadas e, automaticamente, tornar-se inelegível. Seria a primeira vez na história que o experiente político passaria pelo impedimento, desde que iniciou sua carreira no início dos anos 80 do século passado.
A situação de Jabes é delicada, segundo analistas políticos. O seu partido, o PP, tem uma bancada de três vereadores mas a tendência é de que apenas um esteja disposto a lhe salvar. Os outros dois trocaram alianças com o atual prefeito e dificilmente lhe ajudarão.
Pode-se dizer, neste exato momento em que a nuvem passa pelo céu de Ilhéus, que apenas Makrisi Angeli e Paulo Meio Quilo fazem oposição ao atual governo. Mas isso não signifia apoio ao ex. E nem que não possam voltar a ser aliados.
A situação na Câmara quanto ao critério de lealdade política é tão insegura, que um dos principais nomes ligados a Jabes passou, dias atrás, à condição de líder de Mário Alexandre. Nuvem é nuvem. Se movimenta muito por aqui.
O Jornal Bahia Online entrou em contato com o ex-prefeito para ele falar sobre a expectativa da votação. Jabes Ribeiro, confiante, disse que os vereadores irão votar com isenção. “Todos sabem o esforço que fiz para reorganizar as contas públicas de Ilhéus”, destacou. “No mais, acredito que os vereadores, independentemente das posições políticas, farão justiça e votarão pela aprovação das contas”, completou Jabes. Matéria do JBO.