Ilhéus, Bahia – Um feito marcante foi alcançado pelo Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, localizado em Ilhéus e administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), ao conduzir com sucesso sua primeira cirurgia de Palatoplastia. Este procedimento delicado, destinado a corrigir fendas no palato, foi realizado pela habilidosa mão do especialista bucomaxilofacial David Moreira, representando um marco significativo na trajetória médica da instituição.
A paciente, uma encantadora menina de quatro anos, natural de Ilhéus, teve sua esperança restaurada através da reconstrução cuidadosa do céu da boca. Essa intervenção é crucial para mitigar uma série de sintomas desafiadores, desde simples engasgos até condições mais complexas, como a apneia do sono, que podem surgir devido a fissuras nessa região anatômica.
Dr. David Moreira, o arquiteto desta conquista médica, destacou a importância do acesso universal a esse tipo de procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para comunidades menos favorecidas que enfrentam barreiras financeiras e geográficas para buscar tratamento em centros urbanos mais desenvolvidos, como Salvador. Além disso, ele enfatizou que a Palatoplastia transcende os aspectos puramente clínicos, representando uma batalha contra o preconceito e um clamor por maior inclusão social desses pacientes.
O “Projeto Fissurados por Sorrisos”, uma iniciativa transformadora liderada pelo próprio Dr. David Moreira, teve suas raízes na Faculdade de Odontologia de Ilhéus em 2018. Juntamente com ex-alunos, agora colegas profissionais, o projeto nasceu para oferecer tratamento e esperança a crianças que enfrentam fissuras labiopalatinas.
Após enfrentar desafios logísticos e burocráticos em hospitais anteriores, a parceria com o Hospital Materno-Infantil representa um salto qualitativo significativo na prestação de serviços. Domilene Borges, diretora do HMIJS, expressou sua visão de transformar o hospital em um centro de excelência para esse tipo de cirurgia, sublinhando a importância de intervir precocemente, idealmente entre 3 e 6 meses de idade.
