Após uma demissão ruidosa e acusações públicas dos dois lados, o rompimento entre Sergio Moro (União Brasil) e Jair Bolsonaro (PL) acabou de vez nesta terça-feira (4/10). O ex-juiz e agora senador eleito pelo Paraná declarou apoio oficial a Bolsonaro na disputa do 2º turno e o candidato à reeleição disse que o passado de desavenças está superado:
“Está superado tudo, é daqui pra frente um novo relacionamento”, disse Bolsonaro, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto após receber o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (Republicanos).
Acusado por seus adversários de ter sido aliado de Bolsonaro desde que era juiz federal, Moro foi um dos fiadores do governo em 2019, quando assumiu o cargo de “superministro” da Justiça, com amplos poderes e muita mídia. A relação com o chefe, porém, se degradou rápido, até Moro pedir demissão em abril de 2020, num pronunciamento no qual acusou Bolsonaro de crimes, motivando um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Quando a investigação sobre interferência ilegal na PF foi arquivada, em março deste ano, Bolsonaro disse que “além de traíra, é mentiroso”, referindo-se a seu ex-ministro.
Agora, Bolsonaro disse que até já conversou com Moro após o 1º turno. “Foi uma conversa bastante amistosa”, disse Bolsonaro.
“Apaga-se o passado, qualquer divergência porventura ocorrida. Sergio Moro foi pessoa que, realmente, mostrou o que era a corrupção no Brasil, levando a dezenas de pessoas a condenações. E deu uma nova dinâmica, muita esperança naquele momento. Então, o Moro vai continuar, no meu entender, como agora senador trabalhando também com viés desse lado, assim como o [Deltan] Dallagnol publicamente declarou apoio à minha reeleição”, completou o presidente. Com informações do Metrópoles.
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