A captura incidental é considerada atualmente a principal ameaça às populações de tartarugas marinhas. Na Bahia, assim como no resto do Brasil, a pesca com rede de emalhe, de arrasto e com espinhéis em alto mar são três dos principais tipos de pesca que interagem com as tartarugas.
A Coordenadora e bióloga do Projeto “a”mar , Stella Tomás, referência no sul da Bahia com tartarugas marinhas faz um alerta sobre o aumento de incidentes com redes de emalhes na área de abrangência do projeto e esclarece que as tartarugas marinhas interagem com a pesca artesanal e industrial e ao ficar presas nas redes ou anzóis, não conseguem emergir para respirar e acabam morrendo afogadas. As tartarugas simplesmente estão em seu habitat e em busca de sua alimentação.
No presente caso, registrado em março desse ano, o Projeto “a” mar foi acionado pela comunidade e esteve na Praia do Sargi, distrito de Serra Grande-Uruçuca e pode constatar a morte de 03 tartarugas marinhas da espécie verde (Chelonia mydas). Segundo o médico veterinário do “a” mar, Wellington Laudano, as medidas de emergências para tentar salvar tem que ser feitas imediatamente para evitar o afogamento das tartarugas, mas no caso específico a rede de espera foi colocada a noite (quando não ocorre fiscalização por parte das autoridades e as pessoas não frequentam as praias) e nada foi possível ser feito infelizmente para evitar a morte das tartarugas por asfixia/afogamento.
O Projeto “a”mar, nasceu a partir da junção de iniciativas socioambientais já desenvolvidas (e/ou idealizadas) pelos integrantes da equipe, buscando soluções, através da coletividade e do envolvimento comunitário, para preencher lacunas sobre o conhecimento da biodiversidade costeiro marinha na região, bem como, identificar e minimizar os impactos (antrópicos) nesses ambientes e nos seres que vivem nele. Por ser um projeto totalmente voluntário e independente precisamos cada vez mais da população como nossa aliada na luta para conservação e preservação da fauna marinha.
Realizamos monitoramento de praia e de tartarugas nas regiões da Serra Grande, Itacaré, litoral norte de Ilhéus e na Avenida Soares Lopes e temos constatado o aumento crescente do número de animais marinhos presos em redes de emalhe ou de espera, o que é frequentemente utilizado na nossa região. Por isso, o Projeto “a”mar desenvolve a vertente específica: Educ(a)mar, que incluem a educação ambiental e orientação aos pescadores, marisqueiras e comunidade em geral, para minimizar os efeitos da pesca sobre as populações e reduzir os índices de capturas incidentais de animais marinhos, no caso específicos das tartarugas e tentar assim um convívio harmonioso e sustentável entre o homem e o meio ambiente.
Contato para emergências da fauna marinha, pode entrar em contato com o Projeto (a)mar pelo telefone/ watssap (73) 99812-2850. Visitem nossas redes sociais @projeto.amar.ba (instagram e
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