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PF CUMPRE 27 NOVOS MANDADOS DE PRISÃO NA OPERAÇÃO LAVA-JATO

O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque chega a sede da Polícia Federal no Rio - Márcia Foletto / Agência O Globo
O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque chega a sede da PF. Foto: Márcia Foletto/ Agência O Globo.

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 mandados de busca e apreensão – num total de 85 mandados judiciais, na sétima fase da Operação Lava-Jato, que investiga desvios e lavagem de dinheiro, boa parte ligado a obras da Petrobras. Nesta nova fase da Operação Lava-Jato, por volta das 7h, a PF prendeu o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT, em sua casa, na Barra.

Os mandados serão cumpridos também em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. Foi decretado bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. A PF faz buscas em todos os escritórios das grandes empreiteiras citadas no caso.

O maior número de prisões está sendo realizado em São Paulo, onde são cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove conduções coercitivas na capital, uma em Jundiaí e uma em Santos, além de 29 mandados de busca e apreensão de documentos.

No Rio de Janeiro são seis mandados de prisão – duas preventivas e quatro temporárias. No Distrito Federal será cumprido um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão.

Os demais mandados estão sendo realizados em Curitiba (uma prisão preventiva e dois mandados de busca), Pernambuco (dois mandados de busca) e Minas Gerais (dois mandados de busca).

Só um dos supostos cúmplices de Renato Duque recebeu 100 milhões de dólares. Esta é a sétima fase da operação que investiga a lavagem de dinheiro de cerca de R$ 10 bilhões em um esquema de propina envolvendo contratos e negócios da Petrobras. Renato Duque foi mencionado ter participado do esquema pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa preso pela PF desde março último, em delação premiada. Em documento da própria Petrobras apontava que a diretoria de Renato Duque foi responsável pelas 12 licitações das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

– É o dia do Juízo final – comentou um policial federal durante a operação.

Foi decretado também o bloqueio de valores de três empresas referentes a um dos operadores do esquema criminoso. Os envolvidos ​​respondem por formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, além de formação de quadrilha.

Os grupos investigados na Operação Lava-Jato registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras superiores a R$ 10 bilhões.​