A proposta da vereadora Rúbia Carvalho de proibir fogos de artifício com estampido em Ilhéus gerou um debate acalorado entre os moradores da cidade. De um lado, defensores da medida aplaudem a iniciativa, apontando os benefícios para grupos como idosos, pessoas autistas e animais, frequentemente afetados pelo ruído. Por outro, críticos argumentam que a proibição pode impactar tradições culturais e econômicas, especialmente festas religiosas e eventos turísticos.
Rúbia Carvalho, que é vice-presidente da Câmara de Vereadores, destacou no programa Falando Direito da Rádio Bahiana AM 1310 que a medida busca promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso. Segundo ela, o projeto está sendo detalhadamente elaborado com base em legislações similares adotadas por outros municípios. “É um avanço em termos de sensibilidade social. Podemos celebrar com alegria sem prejudicar a saúde e o bem-estar de ninguém”, afirmou.
Entretanto, comerciantes do setor de fogos e alguns organizadores de eventos já manifestaram preocupação com os impactos da medida. Para eles, os fogos tradicionais fazem parte da identidade cultural e substituí-los por opções silenciosas pode descaracterizar celebrações populares.
A vereadora garantiu que o projeto será amplamente discutido com a sociedade antes de ser levado à votação. O apoio do presidente da Câmara, César Porto, foi considerado um passo importante para a tramitação da proposta, mas a polêmica promete intensificar o debate entre tradição e inovação na cidade.
