Anunciada ontem (terça, 23) como vencedora da licitação para construir a nova ponte ligando o Centro à zona sul de Ilhéus, a Construtora Constran, de São Paulo, foi apontada pelo Ministério Público paulista, em 2005, como co-responsável no desvio de dinheiro de obras públicas.
O suposto envolvimento ocorreu na construção do túnel Ayrton Senna, na gestão do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (1993-1996).
A obra ficou célebre por ter custado, em metro linear, mais do que o túnel sob o canal da Mancha, que liga Inglaterra e França: US$ 223,8 mil contra US$ 155 mil.
Em Ilhéus, a empresa vai gerir 165 milhões de reais para tocar a obra.
As investigações apontaram que o desvios seriam feitos por meio de empresas fantasmas subcontratadas, que vendiam notas fiscais frias.
A construtora teve os bens bloqueados em decisão liminar, mas interpôs Agravo de Instrumento no TJ-SP e teve seu pedido deferido.