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APÓS SER ATINGIDA POR BALA PERDIDA, E PASSAR SÉRIAS DIFICULDADES, ILHEENSE CONSEGUE FISIOTERAPIA E EVOLUI BEM

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Em meio a uma enxurrada diária de notícias tristes, casos de violência, e desfechos trágicos, um alento, e um motivo especial de alegria para o Ilhéus 24H. Trata-se da história de superação da ilheense Maria Aparecida, 33 anos. Após ser atingida no abdômen por uma bala perdida, ter que passar por cirurgias, e necessitar fazer constantes e caras fisioterapias, sem ter condições, tudo acabou dando certo.

O caso foi repercutido aqui, há cerca de seis meses (leia AQUI). O local em que a bala atingiu, obrigou Maria a ter que fazer a chamada fisioterapia pélvica. Na época, um ano após o acidente, noticiamos a sua verdadeira via crucis para conseguir iniciar o tratamento, já que pela rede pública havia uma grande fila de espera. Com muito esforço ela chegou a iniciar a recuperação em uma clínica particular, mas, impossibilitada de trabalhar, não teve condições financeiras de dar continuidade. Foi quando a situação foi noticiada por aqui.

Em contato com a nossa Redação, ela agradeceu a repercussão da matéria, e reconheceu que a publicação ajudou para que ela conseguisse realizar o tratamento. “Ganhei duas fisioterapias, e estou evoluindo bastante”, afirmou Maria.

Um caso que para muitas pessoas, pode parecer sem importância, por ter acontecido com um desconhecido, mas que sempre há de servir como exemplo negativo, para que a sociedade reflita. O cidadão, ou cidadã, honesta, trabalhadora, jamais deveria estar sujeita a passar por uma situação dessas. Piorou em meio a zona urbana, onde a garota foi atingida, perto da Ponte Lomanto Jr., no Plano Inclinado. Poderia ter sido uma tragédia de proporções ainda piores. Uma família por pouco não foi destruída. E, para quem toma conhecimento do fato em meio a frieza das letras jornalísticas, trata-se de apenas uma mera estatística. Mas para quem sente na pele nunca será. E isso é o que importa.

O pior é que, a pessoa, foi vítima de um acidente causado por uma operação policial mal concebida, ou seja, vítima do próprio Estado, e não recebeu todo cuidado e atenção necessários. Certamente sua saúde estaria muito pior, caso ela esperasse por esse auxílio.

Moral da história: a mão estatal que aperta o gatilho, não é a mesma que oferece tratamento público de saúde. Pelo menos nesse caso. Ante isso, seria a morte pública, e a sobrevivência privada? Eis a questão.