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STJD DEFENDE JOGOS SÓ COM MULHERES E CRIANÇAS COMO PUNIÇÃO

ESTADÃO
Jogadores assistem confronto entre torcidas de Vasco e Atlético-PR. Foto: Carlos Moraes/O Dia
Jogadores assistem confronto entre torcidas de Vasco e Atlético-PR. Foto: Carlos Moraes/O Dia
O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, defendeu nesta segunda-feira que o Brasil adote como medida punitiva aos clubes que tiverem briga de torcida nos estádios a proibição da presença de homens adultos nas arquibancadas.
“Mulheres e crianças nos estádios é uma ideia interessante, que já foi testada com sucesso na Turquia”, comentou Schmitt, em entrevista ao SporTV. No país europeu, chamou atenção especialmente um jogo do Fenerbahce, em 2011, em que a equipe, na época com Alex no time, atraiu mais de 40 mil mulheres e crianças a um único jogo.
Schmitt também defendeu a realização de jogos sem torcida, possibilidade que não existe no Regulamento Geral de Competições de 2013 da CBF, mas que foi incluída na legislação válida para os campeonatos nacionais do ano que vem, divulgada na última sexta-feira. Para o procurador geral do STJD, seria uma forma de punir clubes e organizadas no bolso.
“Insisto na possibilidade de ausência de público porque incentiva atacar o lado financeiro. Isso é importante para lidar com a bandidagem, que vem usando o futebol ilicitamente no aspecto econômico. Quando você fecha o estádio, não há transação de souvenir, brindes e ingressos, que é o que sustenta a organizada”, lembrou Schmitt.
O procurador geral ainda cobrou que outras esferas façam sua parte para tentar acabar com a violência nos estádio. “Tem que cobrar do governo federal, prisão, controle de acesso. CBF, governo federal, todos têm que fazer alguma coisa. Está faltando esse componente que é auxiliar. Temos muito o que fazer ainda. A punição no STJD, pelo estatuto do torcedor, está restrita ao clube.”